Betty Faria

Atriz

 

Nascida no Rio de Janeiro, Betty Faria foi bailarina profissional e, aos poucos, trocou a dança pela dramaturgia. Ao longo de sua carreira, Betty participou de 26 filmes, mais de meia centena de novelas, séries e programas de televisão. 

Contratada pela Rede Globo como atriz, em 1969, para participar da novela “A Última Valsa”, de Glória Magadan, estourou como estrela de televisão nos anos 1970. Betty foi a irreverente “Tieta”, na novela homônima, escrita por Agnaldo Silva e Ricardo Linhares, em 1989, e fez outros inúmeros papeis marcantes na teledramaturgia como as personagens Lucinha de “Pecado Capital” (1975), Lígia de “Água Viva” (1980), Joana de “Baila Comigo” (1981), Joana em “Cavalo de Aço” (1973), Jussara em “Partido Alto” (1984) e Irene em “Véu de Noiva” (1969), entre outras dezenas de papéis. Participou de inúmeros programas musicais na TV Excelsior em 1964 e na Globo em musicais como “Dick & Betty 17”, que inaugurou a emissora em 1965, “Alô, Dolly” (1965), o “Festival Internacional da Canção” (1967), “Brasil Pandeiro” (1978-79), musical mensal dirigido por Augusto César Vannucci, e no seu próprio programa, o “Betty Faria Especial”, em 1984, dirigido por Augusto César Vannucci. 

No cinema, além do icônico “Bye Bye Brasil” (1979, Dir. Cacá Diegues), que concorreu em Cannes, participou de clássicos e renomados longas como “Anjos do Arrabalde” (1986, Dir. Carlos Reichenbach), que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado de 1987; “Um Trem para as Estrelas” (1987, Dir. Cacá Diegues); “Lili Carabina, A Estrela do Crime” (1988, Dir. Lui Farias); e ‘Romance da Empregada” (1988, Dir. Bruno Barreto). Por este último, ganhou os prêmios de Melhor Atriz nos festivas de Huelva, Havana, Sorrento, Cine Iberoamericano e o Prêmio Air France de Cinema. 

Outros importantes longas incluem “A Estrela Sobe” (1974, Dir. Bruno Barreto), pelo qual ganhou o Prêmio Air France de Melhor Atriz; “Jubiabá” (1985, Dir. Nelson Pereira dos Santos), no qual foi também a produtora executiva; “Perfume de Gardênia” (1991, Dir. Guilherme de Almeida Prado), pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Brasília; “For All, O Trampolim da Vitória” (1996, Dir. Luís Carlos Lacerda), que rendeu à atriz Menção Honrosa no Festival de Punta Del Este; “Chega de Saudade” (2007, Dir. Laís Bodanzky), pelo qual foi premiada no Festival Internacional de Cartagena das Índias. Foi indicada também como Melhor Atriz no Prêmio Arte Qualidade Brasil, em 2008 e 2009 e foi homenageada com prêmios pelo conjunto da obra no Festival de Gramado (Troféu Oscarito), em 2012, e no CineEuphoria (Homenagem Especial), em 2019.

No teatro, participou de trabalhos, estudos de peças e oficinas de atores. Estreou na peça “Os Inocentes do Leblon” (1965, Texto de Barrilet Gredy, Dir. Antonio Cabo) e participou do Grupo Oficina, encenando o espetáculo “Pequenos Burgueses” (1966, Texto de Máximo Gorki, Dir. José Celso Martinez Correa). Fundou, junto com Cláudio Marzo e Antônio Pedro, o Teatro Carioca de Arte, que montou peças como “O Bravo Soldado Schweik”, de Juroslav Hasek e “A Falsa Criada”, de Marivaux, ambas em 1967.

Trabalhou também em “João, Amor e Maria” (1966, Dir. Kleber Santos); “Calabar” (1973, Texto de Chico Buarque e Ruy Guerra), que foi censurada na véspera da estreia; “Putz” (1976, Dir. Osmar Rodrigues Cruz); “Amor Vagabundo” (1982, Dir. Domingos Oliveira); “Camaleoa” (1994, Dir. Marília Pêra); “Um Caso de Vida ou Morte” (1998), Texto de David Mamet, Elaine May e Woody Allen, Dir. Flávio Marinho e Gilberto Gawronski); o monólogo “Shirley Valentine” (2009, Texto de Pauline Collins, Dir. Guilherme Leme); e “A Atriz” (2015, Texto de Peter Quilter, Prod. Marcus Montenegro).


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Lucas Barros